Uma pessoa se suicida no Brasil a cada 46 minutos

No ultimo final de semana recebemos a trágica noticia de uma jovem de Itabatã que se suicidou em Portugal. Ao que tudo indica vitima de depressão.

A depressão vem sendo chamada de MAL DO SÉCULO. e muitas são as motivações. Mesmo assim, muita gente minimiza menospreza e até despreza. Mas ela é muito mais real do nossa vã filosofia possa imaginar. Pensando nisso, resolvemos publicar uma matéria sobre o assunto. Veja abaixo:

Pesquisa Ibope mostra números sobre a depressão e o suicídio no Brasil. A cada ano, em média, 11 mil pessoas se suicidam no País

O suicídio ao redor do mundo está em queda, mas o Brasil aparece na contramão desses dados. O suicídio está crescendo no País, principalmente entre os jovens. Hoje, um brasileiro se suicida a cada 46 minutos. Ao ano, em média 11 mil pessoas tiram a vida no País.

Esse é um dos resultados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope): Depressão, suicídio e tabu no Brasil – um novo olhar sobre a saúde mental. A pesquisa foi realizada com mais de dois mil brasileiros, a partir dos 13 anos de idade. A pesquisa contou com entrevistados de diferentes regiões do país.

A pesquisa mostra que uma em cada quatro pessoas já pensou em se matar durante a adolescência. Além disso, a pesquisa concluiu que ainda existe muita falta de informação sobre a depressão, bem como muita vergonha do diagnóstico, do tratamento, de procurar ajuda e das pessoas descobrirem sobre a doença. Dessa forma, a depressão ainda é vista como um tabu e pode levar ao suicídio quando não tratada.

“O suicídio deve ser visto como um caso de saúde pública. Dessa forma, devemos falar sobre a saúde mental para virar o jogo contra a doença”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Dra. Márjorie Dulcine.

A taxa de suicídios entre adolescentes de dez a 19 anos de idade aumentou 24% entre os anos de 2006 e 2015. Além disso, atualmente, o Brasil apresenta a maior prevalência de depressão da América Latina, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Depressão e suicídio: a quarta maior causa de morte entre jovens

“O suicídio já é a quarta maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade no Brasil. Apesar de mais comum em idosos, tirar a própria vida vêm crescendo entre os jovens e merece nossa atenção. Os pais devem ficar atentos a mudanças no comportamento dos filhos. Algumas mudanças são o isolamento social ou familiar, mudanças bruscas de comportamento, pessimismo e perda ou ganho inesperado de peso”, afirma o médico psiquiatra, Dr. Teng Chei Tung.

Outro dado de destaque é que de 3% a 5% das emergências atendidas nos hospitais são de tentativas de suicídio. Entre as pessoas que tentam tirar a própria vida, cerca de 38% possuem transtornos de humor e 22% tem transtornos por uso de substâncias.

A depressão não é apenas uma questão emocional, ela também envolve fatores biológicos. Porém, ela é uma doença tratável e o suicídio é evitável em grande parte dos casos”, afirma o Dr. Tung. Contudo, dados da OMS afirmam que apenas 37% dos depressivos graves recebem algum tipo de tratamento no Brasil.

Na direção da vida – Depressão sem tabu

A farmacêutica Pfizer, em parceria com divisão focada em doenças não-transmissíveis da empresa, a Upjohn e a área de medicina interna criou a campanha “Na direção da vida – Depressão sem tabu”, para alertar sobre os perigos da doença. A iniciativa tem o apoio da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). A iniciativa também conta com a participação do Centro de Valorização da Vida (CVV).

A campanha contará com ações on-line e também com um labirinto de girassóis, com 120 m² de extensão e quase duas mil unidades da flor. O labirinto estará localizado, no Largo da Batata, em São Paulo (SP), entre os dias 10 e 14 de setembro de 2019. Dentro do labirinto, os visitantes poderão acompanhar a jornada de pacientes com depressão. Eles vivenciarão experiências desde a dificuldade no diagnóstico até o enfrentamento de preconceitos.

“A internet é uma ótima fonte de informação e pode ser um caminho para a pessoa com depressão pedir ajuda. Entretanto, vemos muitos comentários e opiniões preconceituosas e ofensivas sobre a doença on-line. Com a campanha queremos mudar esse cenário. Assim, levando informação e ajudando as pessoas”, afirma a neurologista e líder médica da Upjohn, Elizabeth Bilevicius. “As pessoas precisam se sentir bem para assumir que tem depressão, assim como assumem que possuem doenças cardiológicas ou hipertensão”.

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